ZUMBIS: A VERDADEIRA HISTÓRIA DOS MORTOS-VIVOS (Por Benjamin Radford, publicado em 10 de outubro de 2012)

 


De "Guerra Mundial Z" a "The Walking Dead", de "Shaun of the Dead" a "Orgulho e Preconceito e Zumbis", este último uma sátira cinematográfica do clássico literário “Orgulho e Preconceito”, de Jane Austen, lançado a pouco mais de 200 anos atrás, e incontáveis roubos de morte cerebral, os zumbis - cadáveres reanimados com um desejo incontrolável por carne humana, especialmente cérebros – invadiram a cultura pop como nunca antes. Para monstros impressionantes e lentos, os zumbis se tornaram uma força e tanto na indústria do entretenimento na última década.

Capa do filme franco-britânico"Shawn of the Dead", de 2004

Cena de bastidores da aclamada série sobre apocalipse zumbi "The Walking Dead"


“Zumbi" provém do termo quimbundo nzumbi, que significa "duende", "defunto”, “cadáver". "Zumbi" também é outro nome da serpente "loá" (que são os espíritos da religião vodu praticada no Haiti, Palo Monte e Palo Mayombe de Cuba e Vodu da Luisiana) Dambalá, com origem nas línguas nigero-congolesas. A palavra também é semelhante a Nzambi, palavra quicongo que significa "deus". Embora o filme de George Romero de 1968 "A Noite dos Mortos-Vivos" seja frequentemente considerado o filme original de zumbis modernos, o primeiro apareceu quase 40 anos antes em "White Zombie", estrelado pelo ator húngaro Béla Lugosi como um malvado sacerdote vodu no Haiti que zumbifica uma bela jovem (ver link para o filme ao final do texto). Nos anos seguintes, apenas um punhado de filmes de zumbis retornaram às suas origens haitianas - mais notavelmente “The Serpent and the Rainbow” ("A Serpente e o Arco-Íris"), cujo elenco continha atores como Bill Pullman como protagonista e Zakes Mokae, este último falecido em 11 de setembro de 2009 devido a um acidente vascular encefálico. O filme foi dirigido pelo célebre diretor, roteirista, produtor e ator Wes Craven, famoso por ter criado o personagem Freddy Krueger (A Hora do Pesadelo) e também a clássica  máscara da franquia de filmes de terror Pânico. 


"Damballah la lambeau" ("Dambalá, a Tocha"), do artista haitiano Hector Hyppolite. Dambalá, Dambelá, Dambará, Dambirá, Dambalá Huedô ou Dambalá Uedó (Damballa Weddo), no tambor de Mina e vodu haitiano, é um loá. Equivale ao orixá Oxumarê e Dã do vodu. É representado como uma grande serpente branca oriunda de Uidá, no Benim. Diz-se que é pai do céu e criador primordial da vida ou a primeira coisa criada pelo Grande Mestre. Nas sociedades que o veem como criador, criou o cosmos usando suas 7 000 bobinas para formar as estrelas e os planetas no céu e modelar as colinas e vales da terra. Em outras, sendo a primeira coisa criada pelo Grande Mestre, a criação foi realizada através dele. Ao derramar a pele de serpente, Dambalá criou todas as águas da terra. Como serpente, se move entre a terra e a água, gerando vida, e através da terra, unindo a terra às águas abaixo.


Vevê (vèvè) de Dambalá Huedo. É um elaborado estilo feito com o intuito de chamar os deuses (loás) para participar nas cerimônias do vodu haitiano. Podem ser pintados nas paredes ou desenhados na farinha de mandioca, pólvora, giz ou cinzas no pé (altar principal) ou no chão. Oferendas e sacrifícios (comida e bebida) são postos sobre os vevês e cada loá tem o seu próprio, embora haja algumas variações regionais. (Wikipedia). 

A Noite dos Mortos Vivos, lançado originalmente em 1968

Ilustração de Béla Lugosi  para o clássico filme cult "White Zombie", de 1932


Capa do filme "A Serpente e o Arco-Íris", clássico do gênero de 1988

Segundo o “Oxford English Dictionary”, a palavra "zumbi" apareceu pela primeira vez em inglês por volta de 1810, quando o historiador Robert Southey a mencionou em seu livro "History of Brazil" ("História do Brasil"). Mas este "zumbi" não era a monstruosidade humana comedora de cérebros, mas sim uma divindade da África Ocidental. A palavra mais tarde veio a sugerir a força vital humana deixando a casca de um corpo e, finalmente, uma criatura humana em forma, mas sem autoconsciência, inteligência e alma. Foi importado para o Haiti e outros lugares da África através do comércio de escravos. Todo mundo conhece os zumbis fictícios, mas poucos conhecem os fatos sobre zumbis. Para muitas pessoas, tanto no Haiti quanto em outros lugares, os zumbis são muito reais. Eles não são uma piada; eles são algo a ser levado a sério. A crença em magia e feitiçaria é difundida em todo o Haiti e no Caribe, muitas vezes na forma de religiões como vodu e santeria.

Retrato de Robert Southey, 1795 (óleo sobre tela)

Capa do terceiro volume do livro "History of Brazil", de Robert Southey, de 1810

Foto de uma mulher haitiana em transe durante um ritual cerimonial vodu, em algum lugar do Haiti


A mulher na foto acima é Felícia Felix-Mentor. Segundo consta, em 1937, enquanto pesquisava folclore no Haiti, Zora Neale Hurston(que 
foi uma antropóloga, folclorista, roteirista, cineasta e escritora norte-americana, falecida em 28 de janeiro de 1960 aos 69 anos devido a uma doença cardíca hipertensiva) encontrou o caso de uma mulher que apareceu em uma aldeia. Uma família alegou que ela era Felicia Felix-Mentor, uma parente, que havia morrido e sido enterrada em 1907, aos 29 anos. A mulher foi examinada por um médico; Raios-X indicaram que ela não tinha uma fratura na perna que Felix-Mentor era conhecida por ter tido. Hurston perseguiu rumores de que as pessoas afetadas receberam uma poderosa droga psicoativa, mas não conseguiu localizar indivíduos dispostos a oferecer muitas informações. Ela escreveu: "Além disso, se a ciência chegar ao fundo do Vodu no Haiti e na África, será descoberto que alguns importantes segredos médicos, ainda desconhecidos da ciência médica, dão a ele seu poder, em vez de gestos de cerimônia". 

Outra foto de um ritual cerimonial Vodu

Dizia-se que os zumbis haitianos eram pessoas trazidas de volta dos mortos (e às vezes controladas) por meios mágicos por sacerdotes vodu chamados bokors ou hungã (a contraparte do feminino Mambo). Às vezes, a zumbificação era feita como punição (causando medo naqueles que acreditavam que poderiam ser abusados ​​mesmo após a morte), mas muitas vezes dizia-se que os zumbis eram usados ​​como trabalho escravo em fazendas e plantações de cana-de-açúcar. Em 1980, um homem mentalmente doente até alegou ter sido mantido em cativeiro como trabalhador zumbi por duas décadas, embora não pudesse levar os investigadores para onde havia trabalhado, e sua história nunca foi verificada. Durante décadas, os ocidentais consideraram os zumbis pouco mais do que monstros de filmes de ficção, mas essa suposição foi questionada na década de 1980, quando um cientista chamado Wade Davis afirmou ter encontrado um pó que poderia criar zumbis, fornecendo assim uma base científica para histórias de zumbis. Davis não acreditava em magia vodu. Mas ele acreditava ter encontrado algo que poderia envenenar as vítimas em um estado de zumbi: uma poderosa neurotoxina chamada tetrodotoxina, que pode ser encontrada em vários animais, incluindo o baiacu (o chamado "pó de baiacu"), peixe comum na fauna fluvial da América do Sul, principalmente no Brasil. Ele alegou ter se infiltrado em sociedades secretas de bokors e obtido várias amostras do pó de fabricação de zumbis, que foram posteriormente analisadas quimicamente.


Hungãs realizando uma cerimônia ritualística

Uma representação de um zumbi no crepúsculo em um campo de cana-de-açúcar


Planta alucinógena do gênero Datura, esta sendo especificamente a Datura stramonium, também conhecida como a "erva do Diabo", encontrada comumente na América Central. 

O peixe baiacu, que contém uma glândula de veneno (tetrodotoxina). O consumo de sua carne exige a retirada prévia da glândula. Uma vez retirada a glândula, a carne do baiacu torna-se um tradicional ingrediente para sashimi.

Davis escreveu um livro sobre o tema, “The Serpent and the Rainbow” ("A Serpente e o Arco-Íris"), que mais tarde foi transformado em filme de terror. Por um tempo, Davis foi amplamente apontado como o homem que havia resolvido cientificamente o mistério dos zumbis. No entanto, as alegações de Davis foram posteriormente contestadas por cientistas céticos que consideravam seus métodos não científicos, apontando que as amostras do pó de zumbi que ele forneceu eram inconsistentes e que as quantidades de neurotoxina contidas nessas amostras não eram altas o suficiente para criar zumbis. Além disso, as dosagens usadas pelos bokors precisariam ser exatas, já que muito da toxina poderia facilmente matar uma pessoa. Outros apontaram que ninguém jamais havia encontrado nenhuma das muitas supostas plantações cheias de trabalhadores zumbis no pequeno país insular.


Edmund Wade Davis (nascido em 14 de dezembro de 1953), antropólogo cultural canadense, etnobotânico, autor e fotógrafo

The Serpent and the Rainbow: A Harvard Scientist's Astonishing Journey into the Secret Societies of Haitian Voodoo, Zombies, and Magic é um livro de 1985 do antropólogo e pesquisador Wade Davis. Ele investigou o Vodou haitiano e o processo de fabricação de zumbis. Ele estudou venenos etnobotânicos, descobrindo seu uso em um caso relatado de um zumbi contemporâneo, Clairvius Narcisse.

Clairvius Narcisse (2 de janeiro de 1922 – 1994) foi um haitiano que alegou ter sido transformado em zumbi através de um ritual vodu haitiano e forçado a trabalhar como escravo. A hipótese para o relato de Narcisse era que ele havia recebido uma combinação de substâncias psicoativas (muitas vezes a tetrodotoxina do veneno do baiacu paralisante e o forte delirante Datura, planta de um complexo gênero botânico com proporiedades alucinógenas, como a "Datura Stramonium, também conhecida como "figueira do Diabo, figueira do Inferno e zabumba), que o deixou indefeso e aparentemente morto. O maior proponente dessa possibilidade foi Wade Davis, estudante de pós-graduação em etnobotânica na Universidade de Harvard, que publicou dois livros populares baseados em suas viagens e ideias durante e imediatamente após sua formação de pós-graduação. No entanto, exames subsequentes (usando ferramentas de química analítica juntamente com revisão crítica de relatórios anteriores) falharam em apoiar a presença dos principais compostos ativos na suposta preparação de zumbis, que foi central para o fenômeno e mecanismo relatado por Davis.

Em um segundo livro, "Passage of Darkness: The Ethnobiology of the Haitian Zombie", Davis reconheceu problemas com suas teorias e refutou algumas das alegações mais sensacionais atribuídas a ele. Ainda assim, ele insistiu, a crença haitiana em zumbis pode ser baseada nos casos (reconhecidamente raros) em que uma pessoa foi envenenada por tetrodotoxina e depois revivida dentro do caixão e retirada do túmulo. Além disso, acrescentou, havia muito mais no fenômeno zumbi do que simplesmente a pólvora; era apenas uma parte de uma crença sociocultural profundamente enraizada no poder da feitiçaria. Na cultura haitiana, os sacerdotes vodu fazem muito mais do que criar zumbis; dizem que trazem bênçãos e maldições através da magia. Assim, as histórias dos zumbis haitianos da vida real surgiram como um cadáver da sepultura e, eventualmente, caíram como um zumbi com um tiro na cabeça. Embora os zumbis continuem sendo um mito na vida real, há mais do que o suficiente dos fictícios para satisfazer os fãs de gore e zumbis por muito tempo.


Capa do livro "Passage of Darkness: The Ethnobiology of the Haitian Zombie", de Wade Davis


Fórmula estrutural da toxina tetrodotoxina (TTX)

Uma seleção de itens rituais usados na prática do Vodu em exibição no Museu Canadense da Civilização.


Zumbis na Cultura Metálica

Em meio à década de 80 e início da década de 90, apareceram várias bandas dentro do Metal, principalmente dentro da vertente Death Metal que, que exploraram temas voltadas a zumbis. Para resumir o tema, focarei nas mais conhecidas representantes do gênero em questão, além de pessoalmente serem algumas de minhas favoritas, principalmente em seus primórdios. Algumas das mais conhecidas são as bandas norte-americanas: Cannibal Corpse, Mortician, Repulsion e Death. Esta última no caso, com o passar do tempo foi mudando tanto a temática lírica quanto ao estilo musical, que se tornou um Death Metal mais técnico. O Death chegou ao fim em 2001, devido à morte do vocalista, guitarrista e mentor da banda, Chuck Schuldiner, que faleceu devido a um glioma pontino de alto grau (um tipo maligno de câncer cerebral que invade o tronco cerebral) em 13 de dezembro de 2001. 

"Cannibal Corpse - Eaten Back to Life". Clássico álbum de estréia da banda lançado em 1990. Em minha opinião, um dos melhores da fase inicial da banda assim como de toda sua discografia, e também do próprio gênero Death Metal. 

"Mortician - Zombie Apocalypse". Ep lançado em 1998. Por ser um Ep, o álbum é curto, assim com as músicas da banda, que são geralmente curtas, pesadas e marcantes. Ainda possui um cover do Repulsion (ver abaixo). A temática da banda é basicamente inspirada em temas como zumbis e filmes clássicos de terror cult, sendo que muitas das introduções dos sons são retiradas de filmes do gênero. Outro grande lançamento dentro deste estilo. 

"Repulsion - Horrified". Álbum clássico do gênero Death Metal/Grindcore lançado em 1989. Formada originalmente no estado de Michigan, a banda possui apenas este álbum lançado em sua discografia oficial, sendo que o restante são gravações de demos e coletâneas, mas a banda (aparentemente) ainda se encontra na ativa. E minha opinião, um dos mais clássicos e memoráveis lançamentos do gênero. 

"Death - Scream Bloody Gore". Primeiro álbum da banda, que iniciou suas atividades em 1983 com o nome "Mantas", e passou a se chamar oficialmente "Death" no ano seguinte. O álbum aqui mostrado foi lançado em 1987, e é sinceramente o meu álbum favorito da banda. Embora ainda aprecie outros álbuns da fase inicial da banda como o "Leprosy" (seu segundo álbum, lançado no ano seguinte), com o passar dos anos a banda passou a se tornar mais técnica e teve significativas mudanças tanto na parte lírica quanto na parte visual, como o próprio logotipo da banda que mudou e ficara um pouco mais "clean" em minha opinião. De qualquer forma, sons do álbum acima como "Zombie Ritual" e "Evil Dead"(em referência ao clássico filme de terror cult homônimo, no Brasil conhecido como "Uma Noite Alucinante", refilmado recentemente sob o nome "A Morte do Demônio") e o próprio som que carrega o título do álbum, remetem a temas como zumbis e temas gore em geral. A banda acabou em 2001 devido a morte de Chuck Schuldiner em 13 de dezembro de 2001 por conta de um câncer maligno cerebral. 

Foto tirada da época do Mantas, provavelmente de 1983. Da esq. para dir.: Rick Rozz, Kam Lee e Chuck Schuldiner. 


François “Papa Doc” Duvalier, o ditador haitiano que supostamente praticava Vodu

O tirano haitiano François “Papa Doc” Duvalier

Segue ao final deste texto o link do documentário do History Channel sobre o ditador haitiano François “Papa Doc” Duvalier (14 de abril de 1907), médico e político ditador que no início de seu governo ajudava os enfermos de seu país em extremo estado de miséria, indo inclusive a pé a vários vilarejos no Haiti para levar medicamentos às comunidades mais pobres e isoladas que não tinham acesso a medicamentos e acesso ao sistema de saúde do país. Com o tempo, sua perversidade tornou-se implacável e letal. Utilizando sua milícia haitiana particular e assassina denominada “Tonton Macoute” (literalmente "Tio do Saco", em crioulo haitiano, em referência às figuras do "homem do saco" ou "bicho papão"), durante os 14 anos em que se manteve no poder de forma imposta e tirana, assassinou milhões de pessoas de seu próprio povo, sempre alvejando aqueles que de alguma forma se mostravam contrários ao seu governo sangrento, corrupto e despótico. Ele também se utilizou da magia Vodu para impor ainda mais terror ao povo haitiano, dizendo supostamente incorporar a entidade vodu haitiana conhecida como Barão Samedi, o “loá” (que são os espíritos da religião vodu praticada no Haiti, Palo Monte e Palo Mayombe de Cuba e Vodu da Luisiana) dos mortos, junto com inúmeras outras encarnações do Barão: Barão do Cemitério, Barão da Cruz e Barão Criminoso. Trata-se de um espírito muito temido e é concebido como um assassino que foi condenado à morte, sendo chamado a pronunciar-se em julgamentos rápidos. Mas, na verdade, Papa Doc era basicamente ateu. Por conta de suas atrocidades contra seu próprio povo e a manipulação da religião vodu para reforçar seu próprio culto à personalidade, François Duvalier chegou a ser chamado de “Diabo do Haiti” e se autoproclamou “presidente vitalício” em 1964, no terceiro ano de seu governo, após outra eleição fraudulenta, e se manteve no poder até sua morte por causas naturais em 21 de abril de 1971. 


Emblema da milícia haitiana particular de François Duvalier "Tonton Macoute" 

Milícia haitiana Tonton Macoute

Link do documentário do History Channel sobre o ditador haitiano François “Papa Doc” Duvalier: Evolucão da Maldade Fraçois Papa Doc Duvalier - YouTube (infelizmente, os intervalos não foram cortados). 

Barão Samedi do filme de "James Bond: Viva e Deixe Morrer", de 1973, com Roger Moore (o terceiro James Bond, falecido em 23 de maio de 2017, vítima de câncer) protagonizando o eterno espião fictício do cinema. No início do filme, inclusive, há uma cena que remete ao recente vídeo dos dançarinos do caixão de Gana, que viralizou nos últimos tempos (ver link para o filme ao final do texto). 

Uma das muitas representações clássicas de Barão Samedi



Outras referências do Vodu no mundo da ficção


 

Na antiga série policial dos anos 70 “Starsky & Hutch” (atualmente reprisada pelo canal TCM), a terceira temporada se inicia com o episódio chamado “Assassinato na Ilha Vodu”; o episódio é dividido em duas partes.


Papa Theodore, personagem de um sacerdote vodu segurando um boneco de vodu neste episódio específico da série policial "Starsky & Hutch", utilizado em rituais para causar sofrimento e muitas vezes a morte de desafetos


No filme de estréia da clássica franquia de filmes de terror “Brinquedo Assassino”, o famigerado e sádico boneco assassino “Chucky”, que enquanto humano era o serial killer Charles Lee Ray, conhecido em vida como o “Estrangulador de Lakeshore”, e que no início do filme aparece fugindo da polícia é alvejado num tiroteio, mas antes de morrer realiza um ritual de vodu haitiano para que seu espírito passe para o boneco que está na loja de brinquedos que ele invadiu para fugir da polícia, dando início à saga do boneco assassino. Durante o filme, ele ainda assassina seu mestre que o iniciou nos ritos de vodu, e tenta fazer o mesmo com Andy, o garoto que ganha de sua mãe o boneco de aparência inocente e que quase se torna vítima fatal de Chucky. Ele frequentemente invoca a serpente loá “Dambalá” em seus rituais, entoados em dialeto francês.

Cena do primeiro filme da clássica franquia de terror "Brinquedo Assassino", na qual Chucky segura o boneco de seu sacerdote e mentor que o iniciou nas práticas de rituais vodu, com a serpente Dambalá desenhada sobre o boneco, com a intenção de torturá-lo e matá-lo, o que de fato ocorre. 


No décimo oitavo episódio da quinta temporada da série “Law & Order: Criminal Intent”, chamado “The Healer” (“O Curandeiro”), o tema sobre a religião Vodu também é abordado após o assassinato de duas garotas ligado a rituais Vodu; o episódio procura dar um enfoque mais realista e científico ao tema.

Cena do episódio “Law & Order: Criminal Intent”, chamado “The Healer” (“O Curandeiro”)


A clássica franquia de games e posteriormente de filmes “Resident Evil”, lançado pela produtora japonesa Capcom (conhecida pela criação de clássicos atemporais dos games como Street Fighter, Darkstalkers e Mega Man) voltadas totalmente ao apocalipse zumbi e lançada inicialmente para os consoles Playstation, que dispensa maiores apresentações.

Capa do remake de 2002 de Resident Evil conhecido no Japão como "Biohazard", lançado em 2002.

Nemesis, o "vilão-mor" e monstruoso de "Resident Evil 3: Nemesis"

Re-Animator (Brasil: Re-animator: A Hora dos mortos vivos ) é um filme estadunidense de ficção científica e terror do ano de 1985 dirigido por Stuart Gordon. Re-Animator gerou duas continuações: Bride of Re-Animator de 1991 e Beyond Re-Animator, de 2003. Já o  livro Re-Animator foi baseado no livro Herbert West–Reanimator do escritor americano H. P. Lovecraft mas conhecido no Brasil por ter criado os personagens dos contos de Cthulhu. Lovecraft assumidamente se inspirou na obra Frankenstein, de Mary Shelley para criar o enredo de Re-Animator sendo que ironicamente o filme de 1985 tenha tido elementos tão vagos do conto original (Wikipedia). 


Poster do filme Re-Animator, de 1985



Poster ilustrado para "Herbert West-Reanimator and Kindred Night Spawn" de H.P. Lovecraft.

Uma sacerdotisa vodu realizando um ritual sobre o vevê de Dambalá Huedo


Benjamin Radford é vice-editor da revista científica "Skeptical Inquirer" e autor de seis livros, incluindo "Scientific Paranormal Investigation: How to Solve Unexplained Mysteries". Seu site é www.BenjaminRadford.com.

Os textos com os subtítulos: "Zumbis na Cultura Metálica", "François “Papa Doc” Duvalier, o ditador haitiano que supostamente praticava Vodu" e "Outras referências do Vodu no mundo da ficção" são de minha autoria somente, sem traduções prévias. 


Tradução livre e adaptação de texto: Éric Tormentvm Aeternvm XVI/XIII

 

Fontes pesquisadas: https://www.livescience.com/23892-zombies-real-facts.html


Link para o filme "White Zombie" ("Zumbi Branco"), estrelado por Béla Lugosi: White Zombie (1932) Bela Lugosi | Classic Horror Movie Full Length - YouTube 


Link para o filme "James Bond: Viva e Deixe Morrer": Com 007 Viva e Deixe Morrer - Parte 1 - YouTube (o filme está dividido em partes). 


Link para o filme "Re-Animator"(1985): ⭐ RE ANIMATOR. (1985) 😉 👍 - YouTube


Link para o filme "Guerra Mundial Z": Guerra Mundial Z - Parte (1/21) | Filme HD Dublado - YouTube (o filme está dividido em partes). 


https://www.metal-archives.com/

(219) Pinterest 

https://kodiapps.com/episode-4601-5-18

https://pt.wikipedia.org/wiki/Wikip%C3%A9dia:P%C3%A1gina_principal

https://www.adorocinema.com/






























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